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Por que visitamos Barcelona? - 1ª parte

- 30/01/2013

Em 1992 estivemos evangelizando durante vários dias, na cidade satélite de Gavá, durante os 25º Jogos Olímpicos de Barcelona. 
Os Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 (25 de julho - 09 de agosto) foram marcados por conquistas históricas para o mundo. 
Foi a primeira edição desde Munique 1972, quando 169 nações enviaram 9.356 atletas, em consequência da mudança geopolítica, após a queda do Muro de Berlim, em 09 de novembro de 1989.
A União Soviética e mais 12 territórios optaram por formar uma equipe unificada.
A África do Sul retornou aos jogos, após 32 anos de suspensão pelo regime do Apartheid.
A Alemanha unida competiu pela primeira vez como nação reunificada.
A etíope Derartu Tulu venceu a prova de 10 mil metros de atletismo, tornando-se a primeira negra africana a ganhar um ouro em Olimpíadas. E como sinal dos novos tempos, a segunda colocada foi a sul-africana Elana Meyer. Juntas, elas deram a volta olímpica de mãos dadas, como símbolo da nova África livre do Apartheid.
Surpresa em Barcelona foram as respostas profundas e os ataques imediatos. No café da manhã no hotel iniciamos um diálogo com um espanhol desconhecido, porque faltou leite. Esperando a chegada do produto precioso, falei a um hóspede: “Talvez a vaca está de férias...”. Enquanto aguardávamos o chegada do leite, aproveitei o tempo para iniciar uma amizade, dizendo: “Conta-se que a vaca ouviu as queixas do porco, por ser pouco valorizado pelos humanos. A vaca disse: ‘veja, eu sirvo a humanidade com os produtos de meus préstimos, como o leite, a manteiga, o queijo...’. O porco respondeu: “você acha que eu não sirvo aos humanos? Lhes ofereço o saboroso presunto e eles lambem até os meus pés, as orelhas, o fucinho, inclusive o rabinho...’. A vaca respondeu com pena do porquinho, dizendo: ‘Certamente a diferença entre mim e você é que eu ofereço meus serviços em vida, enquanto vocês os deixa apenas no seu testamento’”.
Com essa “introdução” divertida, obtive a coragem de pedir uma breve entrevista ao hóspede, dizendo: “Posso lhe pedir algumas considerações para com o tema que estamos escrevendo, intitulado: ‘Jesus chegou a Barcelona e à Espanha?’”. O senhor Manuel respondeu: “Você deseja saber se ‘Deus’ chegou a Barcelona? Sim, Ele veio, mas nos últimos tempos nossa gente abandonou a Deus, com algumas exceções. Deus está se retirando como quem olha para trás se despedindo, porque não foi recebido”. 
E ele disse mais: “A geração jovem abandonou a fé e a vida com o Deus. Nossa vida é como o convívio conjugal, que depende de uma constante comunhão e comunicação conjugal para manter o amor e a unidade do casal. Ao acabar essa comunhão e os pequenos gestos de amor, o casamento esfria e morre. Assim está nossa relação com Deus em Barcelona”, concluiu.
O senhor Manuel falou como se fosse enviado por Deus para me oferecer o resumo e a conclusão de uma intensiva investigação da vida de sua própria gente e a apresentou o resumo de sua “reportagem” encomendada por Deus.
Confesso que, com muita relutância, uso alguma “história” ainda mais envolvendo animais em nossos escritos ou em mensagens, por princípios éticos e de convicção ao longo de 40 anos de sacerdócio. Porém, no diálogo com um homem desconhecido, que como eu aguardava o leite para o café da manhã, ouvindo a “introdução” descontraída da “história”, vejo as palavras do senhor Manuel como um resumo enviado por Deus para nossa pesquisa, e sentimos o sabor “amargo” desse desprezo de Deus no diálogo com uma jovem da loja do Estádio do Barcelona e três ateus nos primeiros 15 minutos em Barcelona.

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