Ecos da Liberdade

 

No dia do dilúvio, os vizinhos de Noé certamente começaram a zombar do velho homem de Deus, que já tinha 600 anos de idade, dizendo: “Agora o velho deve estar entrando em seu barco” ou “Vamos ver se o velho já entrou na arca, ele deve estar achando que hoje começa o dilúvio que ele já previa por 120 anos”. Outro grupo certamente se juntou no alto de um morro para ver o que faria a família de Noé. Para sua surpresa, os animais chegaram de par em par e entravam na Arca. Arrepios devem ter começado a levantar os cabelos por todo o corpo e perguntavam: “Será que Noé de fato estava com razão?”.

Quando a arca começou a flutuar, os que estavam do lado de fora devem ter se lançado nas águas, nadando até onde puderam... mas, a porta foi fechada por Deus. 

Todos os que estavam do lado de fora morreram, por mais que ficaram agarrados na arca por algum tempo.

O homem rico, que passou sua vida em luxúria fora da arca, acordou no além nos tormentos das chamas. Luc. 16:19-31.

Dez jovens saíram ao encontro do noivo, cinco não foram prudentes. Estas cinco meninas não queriam levar tudo tão a sério, gastaram o “azeite” de suas lamparinas com divertimentos, cervejas, droga, cigarros... Somente mais algumas horas de divertimento... Então chegou o noivo e elas estavam fora da arca, fora da igreja, longe do amor verdadeiro, e logo bateram na porta que estava fechada para sempre. Luc. 25:1-13.

Estarão perdidos os não praticantes, os crentes desviados, os filhos pródigos que abandonaram a “arca” e não voltaram para casa, o ex-prisioneiro que voltou à prática do crime, o ex-pastor que abandonou a “arca” e foi para o mundo. Todos eles ficarão do lado de fora, pois estavam fora da graça de Deus quando chegou o último “tsunami”.

Havia um caçador quando a caça foi uma maneira de manter a sobrevivência da família. Mas, ele foi um homem rude, amava ficar muito tempo na mata. Seu irmão, porém, ficava junto a seus pais buscando as bênçãos divinas, prometidas ao seu avô. 

Certo dia o caçador voltou com muita fome, não havia conseguido nenhuma caça. Então o irmão mais novo lhe fez uma proposta: “Vende-me a herança das bênçãos de nossa família” e eu lhe darei a comida que já está pronta.

Infelizmente o faminto caçador trocou as bênçãos de Deus por um prato de comida. Gen. 25:27-34. O caçador foi Esaú e seu irmão foi Jacó, que se tornou um dos mais importantes patriarcas da história.  

Há muitos “caçadores” que já morreram fora da “arca”, pois amavam mais a “caça” que as bênçãos de Deus.

Há pastores que amam mais o dinheiro que a alma de seu rebanho. 

Após ouvir disputas da “caça” entre pastores, passei uma manhã do dia seguinte como quem estava de luto. Foi difícil acreditar no que meus olhos viram e meus ouvidos ouviram. O valor de um “prato” de comida ou de “30 moedas” de prata vale mais que as almas sofridas de nosso povo. 

Há crentes fora da “arca” e serão colocados à esquerda de Cristo quando ele separar os bons dos maus.

Há pessoas abençoadas com ricas colheitas, que logo após a boa colheita abandonam a “arca” de Deus.

Um rico fazendeiro disse à sua alma: “Você tem em depósito muitos bens, descansa come, bebe e regala-te”. Mas Deus lhe disse: “Louco, essa noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será”. Luc. 12:16-21. Cristãos prósperos podem se tornam loucos porque abandonam a arca de Deus por carros novos e bens que recebem como bênção de Deus e não serão recebidos na glória.