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Corvos e viúvas

Maiko Müller - 20/02/2015

Quem de nós já se viu em uma situação em que pedimos ajuda a Deus e ele respondeu de uma forma totalmente surpreendente? De uma forma que nem se podia imaginar que Ele guiaria as coisas?

Exatamente algo assim o profeta Elias experimentou. Um homem cheio de fé e força divina; um bravo e fiel homem de Deus que por, muitas vezes, estava desencorajado, até depressivo. Um homem que pelo medo de ser morto vivia fugindo, como na vez em que ele fugiu do rei Acabe e da rainha Jezabel, depois de ter anunciado um terrível período de seca sobre Israel. Os dois governantes haviam se afastado de Deus e estavam prestando culto ao deus Baal. Isso desagradou ao Senhor, que castigou o país com uma terrível seca. (1° Reis 17)

A tarefa de Elias não foi nada fácil. Ele teve que anunciar em nome de Deus para o rei Acabe que nos anos seguintes nem orvalho nem chuva iriam irrigar a terra. Elias fez isto mesmo sabendo que ele mesmo iria sofrer com as consequências deste desastre. A seca veio sobre todas as pessoas; tanto das que seguiam o rei Acabe e o culto ao deus Baal, quanto as pessoas que ficaram firmes confiando no verdadeiro Deus de Israel.

Elias teve que fugir para não ser morto por Acabe, e Deus o enviou até o riacho chamado Querite. Lá encontrou água para beber. E neste lugar Elias experimentou o surpreendente agir de Deus. Deus lhe alimentou com pão trazido por corvos. Tudo bem, tirando o fato que corvos eram considerados animais impuros pelos israelitas. Deus mesmo havia proclamado em sua lei que as pessoas devem abominar este tipo de ave (Levíticos 11:13-15).

Podemos imaginar o que se passava na cabeça de Elias? Ele, o grande profeta de Deus, que sempre agia segundo a vontade divina, teve que sofrer as consequências da seca, sendo que ele não tinha culpa; teve que fugir para continuar vivo; e, agora, ser alimentado por aves impuras. Há como entender isto?

E a história não acaba por aí. Depois de certo tempo, o riacho também secou e assim, sem água, Elias teve que ir para outro lugar. Desta vez Deus o mandou para Sarepta. E esta foi outra surpresa. Sarepta era a cidade natal da rainha Jezebel, conhecida por ser o centro da adoração ao deus Baal. Uma cidade não muito segura para abrigar um profeta de Deus que lutava contra os adoradores de Baal.

Então seguiu mais uma surpresa: Deus sustentou Elias através de uma viúva que não tinha dinheiro nem para ela e para seu próprio filho viverem. Se formos comparar com os dias de hoje, seria o mesmo que se Elias tivesse sido abrigado por um sem-teto desempregado na cidade de Meca, centro do islamismo hoje.

Deus pode usar qualquer coisa para nos abençoar. Às vezes através daquilo que nós consideramos impossíveis ou até através daquilo que consideramos abominável. Também através de pessoas que não têm nenhum tipo de recurso.

Quantas vezes Deus já nos surpreendeu desta forma?

Além disso, podemos aprender outra lição com esta história: às vezes, somos nós os corvos e as viúvas que Deus usa para abençoar outras pessoas. Mesmo sem condições, Ele nos usa e no momento certo nos presenteia com dons e recursos para fazer a sua obra.

Maiko Müller

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