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Deus pode transformar sua família

Norberto Obermann - 25/02/2015

No livro de Gênesis, a Bíblia conta a história de José. Ele cresceu naquilo que poderíamos chamar de familia disfuncional. Uma família disfuncional é uma família em que os conflitos, a má conduta e, muitas vezes, o abuso ocorrem continuamente e regularmente, fazendo com que outros membros se acomodem com tais ações.

Como filho preferido do seu pai, pois “havia nascido em sua velhice” (Gênesis 37:3), José acabou atraindo a inimizade dos irmãos, que não eram filhos da mesma mãe e tinham muito ciúme dele. A Bíblia chega a dizer que eles “odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gênesis 37:4). O resultado disso foi trágico: na primeira oportunidade que tiveram, longe do olhar protetor de Jacó, seu pai, os irmãos resolveram preparar uma emboscada para o caçula, e o colocaram dentro de um poço no deserto. Logo depois, venderam-no para mercadores ismaelitas que viajavam para o Egito e contaram ao pai que um animal selvagem tinha devorado o menino.

A família de José é muito parecida com a família de muita gente hoje em dia. Ciúmes, brigas, mentiras, traição e até tentativa de assassinato. Na experiência de muitos, o lar, que deveria amar, cuidar, amparar e valorizar, acaba se tornando o lugar mais perigoso para se estar. Na raiz de tudo existe uma profunda carência de amor.

Por que as pessoas que amamos são as que mais nos magoam? “É porque são delas que mais esperamos”. As atitudes de pessoas que nos são indiferentes não nos atingem diretamente, mas as ações daqueles que amamos são importantes para nós e, quando fogem da nossa expectativa, nos machucam.

O Dr. Içami Tiba, psiquiatra e escritor na área de família, afirma que “o leite alimenta o corpo; o afeto alimenta a alma”.

Os irmãos de José tinham fome de amor e sua alma acabou adoecendo gravemente, enchendo-se de ciúmes, ódio e de mentiras.

Apesar de tudo isso, Deus tinha e tem um plano para famílias disfuncionais.

A história de José, que seria uma tragédia familiar, se tornou uma impressionante saga de salvação e redenção. Porque “Deus estava com José” (Gênesis 39:2), ele prosperou no Egito e, 20 anos depois, num tempo de seca e escassez, acabou se tornando o salvador de sua família. Assim como Cristo, o rejeitado se tornou o redentor.

Quantas palavras, tanto ditas quanto ouvidas, machucam e criam abismos e rachaduras dentro da nossa família? Um alerta nos é dado na Bíblia: “Não deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27).

Em quais circunstâncias damos lugar ao diabo na vida em família? Quando as tribulações, desentendimentos, as opiniões divergentes e mágoas são mais fortes do que a nossa capacidade de amar.

Quão infelizes seríamos se Deus tivesse nos negado o Seu amor, se Ele não nos tivesse amado até o fim, a pesar de nossos pecados! Mas as nossas iniquidades não conseguiram apagar o Seu imenso amor.

Assim também devemos amar aos nossos familiares: com um amor puro e infinito, o amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I° Coríntios 13: 07).

Se a sua família é como a família de José, não perca a esperança. Deus pode transformar a tragédia em triunfo, o ódio em amor, a mágoa em perdão.

Norberto Obermann

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