Ecos da Liberdade

Assim disse o comandante, momentos antes de fazer a aeronave tocar o chão em Guarulhos (SP). Um dos momentos mais duros da vida é quando o médico diz: “Seja forte, o seu ‘pouso’ já foi autorizado... nada mais podemos fazer”.

Para a “tripulação de Deus”, outro momento dolorido acontece quando ele, o pastor ou padre, como encarregado de Deus, após a chegada de alguém à última montanha, precisa dizer: “Por favor familiares, queiram permitir que o corpo seja levado à sua última morada”.

Durante muitos anos de ministério pastoral, eu dizia para pessoas que em dados momentos não queriam aceitar a “morte” de uma igreja, missão, ministério...: “A missão morreu, é preciso fazer o sepultamento”.

A realidade não é diferente na missão que foi abandonada pelos fiéis que não contribuíram, não será diferente no fechamento de hospitais, igrejas, evangelismo, distribuição de literatura... É preciso fazer a obra do Senhor enquanto é dia, pois chega a hora em que ninguém mais pode trabalhar.

“Convém que eu faça as obras daquele que me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. João 9:4

Quando já soou a última trombeta não haverá uma segunda última. Após se ouviu o grito: “O noivo está chegando”, nesse instante “o pouso já foi autorizado” e não se pode mais remeter a “aeronave” e subir novamente.

O fim do voo de Barcelona para Düsseldorf foi o fim dos 150 passageiros, do Airbus A320, da Germanwings. Algum dia o piloto Jesus Cristo dirá: “O pouso foi autorizado pelo Pai”.

Todos nós devemos comparecer ante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2 Coríntios 5:10

Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo. Hebreus 9:27

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16

Se com a boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9

Você estará preparado no seu assento, com o cinto de segurança apertado, a poltrona em posição vertical, a mesa em sua frente fechada e a alma preparada para desembarcar no outro lado da montanha?

Há pessoas que dizem: “Eu não quero os mandamentos de Deus, nem o céu”! Se assim não fosse, não haveria o mensalão, petrolão nem o “poço do BNDES”.

Se houvesse mais gente interessada em Deus, não estaríamos vendo homens da mais alta sociedade algemados, pastores e padres envolvidos em escândalos dos mais vergonhosos por pedofilia... O povo não quer Deus, nem os mandamentos; também não o céu. Querem, sim, dinheiro em bancos no exterior, que não oferece felicidade, nem mesmo para eles.

Dinheiro escondido em paraísos fiscais só traz o inferno para a alma dos pobres e ricos coitados. Ele não tem repouso e felicidade na cadeia, e como será a sua eternidade, após o “voo para Düsseldorf” terminar diante da última montanha?

Mário Hort