Ecos da Liberdade

Deus aceitou essas “moedas” que encontrou nos “bolsos” dos primeiros cristãos. O sangue dos mártires de Cristo foi a “moeda” mais valiosa de todos os tempos, e está sendo ainda hoje, quando milhares de cristãos são queimados em suas igrejas, na Ásia e na Índia e em muitos países. Recentemente foram queimadas centenas de igrejas cristãs na Índia e Deus vai reconhecer as “moedas” dos testemunhos de nossos irmãos indianos.
Tenho medo, medo, muito medo que Deus não aceite nossas “moedas”!
As moedas da luxúria.
As moedas do dízimo para ganhar em dobro.
As moedas dos pastores que com enganos roubam o rebanho.
As moedas de ganhos desonestos.
As moedas de mãos adúlteras.
As moedas de mãos pedófilas.
As moedas de mãos corruptas.

A “moeda” que Deus recebe! A vida de um jovem!
Um dos momentos mais importantes do trabalho em meu escritório pastoral foi quando nosso filho, hoje pastor Isai Marcelo Hort, decidiu falar com seu pai para lhe dizer que sentia o chamado de Deus para o ministério pastoral. Nesse momento, o jovem de 17 anos trouxe a “moeda” mais valiosa e a colocou nas mãos de Deus.
Certamente este momento foi observado nos céus, quando Isai se levantou para se dirigir ao escritório de seu pai e lhe falar das intenções de seu coração para o resto de sua vida.
Isai bateu à porta de meu escritório, entrou fechou a porta e disse: “Pai, eu sei que você não acredita no chamado que eu sinto para o ministério!”.
Mais de 50 jovens chegaram a mim com uma declaração semelhante, mas não esqueço o momento quando levantei e fui ao encontro do filho e vi em seus olhos o que o seu coração me dizia.
Fiquei um tanto confuso, pois se tratava de alguém muito próximo do meu coração e cada palavra pesaria por toda sua vida.
Já passaram vários anos. Ele concluiu seus estudos teológicos na Alemanha, fez o estágio pastoral na Suíça e já por vários anos pastoreia a comunidade na qual ele nasceu.
Certamente aconteceram muitos momentos de combates, dúvidas e questionamentos no coração do jovem rapaz antes de chegar à conclusão de aceitar o chamado que ele sentia em seu coração. Muitos momentos de lágrimas seguiram no seminário, em um mundo com idioma desconhecido na Alemanha. Mas, no momento quando Isai abriu a porta de meu escritório, em temor e lágrimas, ele entregou a “moeda” mais valiosa que possuía para servir ao Senhor por toda sua vida.

Pr. Mário Hort

Este artigo foi escrito para o JORNAL O PRESENTE de nossa cidade, cliquei aqui e leia no Site do Jornal