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A última hora no coma - 4ª Parte

Mário Hort - 29/12/2015

Não tenho lembranças Não tenho lembranças de outro momento singular, tratando do estado de coma de alguma pessoa. Mas Patrícia conseguiu essa proeza com a pergunta: “Pastor, o que acontece com a pessoa em estado de coma”? E ela deu sua interpretação folclórica: “Eu penso que é um tempo que a pessoa fica discutindo com Deus, se vai ou pode ficar mais um pouco... apresenta seus argumentos e ouve outros...”.

Minha resposta foi direta. Sem dar tempo para questionamentos, respondi: “Patrícia, você está completamente enganada, nesse estado a pessoa não discute mais nada”! É preciso conhecer a advogada e seu esposo para entender tanto a seriedade quanto o “folclore” do momento, “folclore” do momento junto à lareira na cidade de Cascavel.

A última hora pode ser revertida? Estremeço ao escrever essas linhas, pois escrevo em Cascavel, próximo ao hospital, onde eu obtive essa nova chance que já dura quase oito anos.

“Patrícia, sua ideia de ter um diálogo com Deus, no coma, pode ter alguma chance, porém, isso é algo muito distante e em casos insondáveis para os humanos”, afirmei ao me despedir da família, em Cascavel.

Estou profundamente tocado por Deus ao digitar essas linhas. Esse é um assunto de extrema importância, pois em caso de não haver esse milagre de uma nova chance, o que acontecerá?

“Vida ou morte, qual vais aceitar”, diz o hino da “última hora”. No caso que essa aceitação não aconteceu em vida? Se a pessoa rejeitou todos os convites, ficou endurecida com mente saudável, para onde irá aquele que rejeitou o convite?

Podemos afirmar que de um milhão de casos, dificilmente existe uma única pessoa que obtém a graça no estado terminal na última hora; revertendo a perdição em salvação, para subir ao céu e não mergulhar no inferno.

Se durante toda sua vida você relutou para não levantar a sua mão, não dobrar os seus joelhos e não aceitar a Jesus, como o poderá fazer, quando já não possui forças?

Na hora que seria a minha última, da meia-noite até as nove horas da manhã, eu tive apenas três breves lembranças e não estive desacordado, mas consciente. E não tive nenhuma condição de mudar, aceitar, desfazer ou fazer. Nesse momento eu fui vítima, sem capacidade de ação alguma.

O tempo da graça é o estado acordado, consciente, voluntário, inteligente...

Marcos, o esposo de Patrícia, estava sentado ao meu lado. Enquanto eu falava para ela, estendi minha mão sobre o também advogado e lhe disse: “Marcos, no estado de coma ou até mesmo no estado não totalmente lúcido, é possível alguém mudar alguma vírgula de documentos do enfermo?”, questionei. “Certamente não”, afirmou.

Nossa vida é um “vestibular” para a eternidade. eternidade. Decorrido o tempo da prova, não há quem possa mudar uma única palavra, ponto ou vírgula do conteúdo da prova.

O “depois” dará O “depois” apenas o resultado do que foi escrito e assinalado. “Tudo o que o homem semear isso também ceifará”, diz a Bíblia, e começa com o alerta gravíssimo: “Não vos enganeis, de Deus não se zomba...”. Gal 6:7 neis, de Deus não se zomba...

Mário Hort

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