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Martim Lutero. O cisne da profecia de Huss

Mário Hort - 29/11/2016

O tema de nosso estudo sobre a vida de João Huss estava proposto, com o seguinte título: “As cinzas que se transformaram num cisne”. O assunto que mais me impressionou durante muitas décadas, mencionando em meus sermões a palavra, que o mártir pronunciou ao ouvido do carrasco, ao ser amarrado no poste da foguei-ra: “Hoje vocês assam um ganso, porém daqui a cem anos cantará um cisne...”.
Para mim sempre foi um pensamento inédito, imaginar que, um homem teria dito essa palavra aos ouvidos do carrasco, pois é exatamente por esse fato, que essa frase não está registrada nos livros históricos, porém Mar-tim Lutero viu se como o “cisne” que surgiu das cinzas do seu antecessor da Reforma, João Huss.

Passaram 100 anos desde 1415, quando surgiu o “cisne”.

Noventa e sete anos mais atarde, em 1512, Martinho Lutero graduou-se Doutor em Teologia e foi recebido no Senado da Faculdade Teológica, com o título de Doutor em Bíblia.

E 1515, exatamente cem anos depois da morte que João Huss, Lutero começou a lecionar sobre a Epístola aos Romanos.
Através deste estudo, segundo seu próprio relato, Lutero se convenceu da justificação pela fé, com base em Romanos cap. 1: 17, e foi este estudo que acabou desencadeando a Reforma.

Diante disso, Martim Lutero acreditava que as palavras de Jan Hus foram uma previsão, que se cumpriu nele.

Ele escreveu sobre isso ao comentar um Edito Imperial promulgado em 1531: “Eu, Dr. Martim Lutero, fui chamado para esse ofício e fui compelido a me tornar doutor, sem qualquer iniciativa minha, mas por pura obediência. Eu fui obrigado a aceitar o ofício de doutor e fazer meu juramento, de que eu pregaria e ensinaria com fidelidade a tão amada Sagrada Escritura. Enquanto eu estava engajado no ensino, o papado cruzou meu caminho e queria me impedir

Mas, não me impedirá. Em nome da vocação de Deus, eu andarei sobre o leão e sobre a víbora pisarei com os meus pés. E o que começou em minha vida se completará, até mesmo após a minha morte. João Huss profetizou de mim: ‘Assarão um ganso agora, mas em cem anos ouvirão um cisne cantar e terão que aguentá-lo’”. Fonte: (Lutherʹs Works, Volume 34, p. 103)

O Prof. Dr. Thomas A. Fudge, disse em sua mensagem no culto da Aliança Evangélica, em Konzil Konstanz, no dia 18.01.2015: “Huss foi amaldiçoado enquanto o excomungaram de sua igreja, e os bispos declararam: ‘Nós entregamos sua alma ao diabo’. Porém, ele respondeu: ‘Eu entrego minha alma a Jesus Cristo’”. Quando as chamas se apagaram, as cinzas foram juntadas e lançadas no Rio Reno, para evitar seu ressurgimento. Porém, as cinzas ainda estão vivas após mais de 600 anos.

A condenação de Jan Hus aconteceu numa época de disputas de poder político e eclesiástico. O rei Sigis-mundo ganhou a luta pelo poder contra seu primo Jobst da Morávia. Havia três candidatos ao Papa lutaram com a pretensão de ser o Papa, mas definiram rapidamente a fogueira, que eliminou J. Huss, no concílio de Konstanz, no dia 06 de 1415.
 

Mário Hort

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