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João Huss foi queimado por exigir vida sincera na comunhão com Deus do clero

Mário Hort - 06/12/2016

Wolfang Hugle e sua esposa me aguardavam para o café da tarde em Kontanz. O idoso aos 88 anos de idade, me presenteou com um livro para auxiliar com fontes literárias, que eu precisava.

O idoso foi palestrante sobre a obra de J. Huss e me forneceu valiosos documentos para a escrita do presente tema.

Encontrei informações cruzadas e contraditórias, tanto no Museu de Jan Hus em Konstanz, como em escritos antigos e atuais, mas o livro do amigo idoso forneceu informações bem fundadas, dos mais de 600 anos da história do sacerdote João Huss.

Peter Hilsch escreveu em seu livro: Johannes Hus – pregador e Herege: “No dia 16 de agosto 1411, Huss pro-clamou uma mensagem referente à destruição de Jerusalém, e disse que a cidade foi destruída por ordem de Jesus Cristo, como castigo dos pecados do sacerdócio. Também disse que a purificação do templo significa que, ‘Deus deu o poder ao governo secular, para purificar a igreja e seus líderes, que compravam e vendiam bispados, relíquias...” Página 152 - 153.

Com essa exigência, que Huss anunciou em seu sermão no púlpito da igreja em Bethlehem, ele provocou o ódio do clero de sua Igreja.
O religioso que admite desvios da liderança de sua igreja permite a corrupção, e essa vai se generalizar. Jesus não deixou uma única chance para os fariseus corruptos. Mt. 23.

Ao acordar do sono em Konstanz, eu me lembrei dos nossos primeiros anos no ministério pastoral, em M. C. Rondon, PR. Eu tinha apenas 22 anos de idade, ao ser empossado. Não existem palavras para descrever o que eu sentia em minha alma, naqueles anos! Nem eu mesmo seria capaz de explicar o “peso” que comprimia a minha vida pastoral jovem. Mas, sei com perfeita recordação, que: Eu exigia uma vida íntegra de mim pes-soalmente e de todos, ao assumir o pastorado. Mas, senti a ausência dessa prerrogativa, em tudo e em todos. Resumindo: Eu via a morte entre os bancos da igrejinha, no ar, na poeira vermelha, em tudo. Nossa recepção foi cordial em todos os lugares e assim eu a percebo ainda após o infarto. Porém, quando falta “a vida íntima com Deus”, nossa religiosidade é inútil. (E eu questiono: Foi essa a ‘causa’ de fibromialgia, que me atormenta até mesmo, após 40 anos?) Porém, eu ainda desejo, como João Huss: “Uma vida consagrada e íntima com Deus”.

Não é possível ser evangélico, católico, pentecostal..., sem viver uma vida íntima e sincera, em comunhão e pureza com Deus e os homens.
E, corrupto não é só aquele que rouba milhões da Petrobrás, do BNDS ou da FIFA, mas também aquele que falta com a sinceridade na política, ou na igreja usando a Bíblia.

Desejo que os leitores assumam uma vida íntima com Deus, em honestidade, fidelidade e pureza, até ao má-ximo de nossa possibilidade humana. Não apenas em “aleluias” que procedem de nossos lábios.

O motivo pelo qual queimaram João Huss foi, essa sua exigência do clero, que os sacerdotes vivessem em sincera e íntima com Deus. O presidente da Missão Stimme des Glaubens, Matthias Allgaier visita muitas igre-jas. Ele me recebeu aqui em Konstanz e concluiu em um diálogo, dizendo: “Mário, há poucos pastores consa-grados a Deus. A maioria faz o trabalho como profissão, e não com o coração voltado a Deus e com amor ao povo de Deus”, afirmou.

A falta de sinceridade e comunhão íntima com Deus, de líderes, pastores, padres, sacerdotes e bispos, causa a decadência do cristianismo em todo o mundo.
 

Mário Hort

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