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A nuvem de cinzas é obra de Deus

- 22/06/2010

A nuvem de cinzas é obra de Deus! - 4ª parte

 

Continuando o assunto do artigo anterior, quero lembrar que minha esposa já estava angustiada no hotel, próximo ao aeroporto em Londres, pois os medicamentos cardíacos indispensáveis estavam acabando e precisávamos retornar para nosso apartamento em Hannover e chegar até Leipzig, na ex-Alemanha comunista, onde tínhamos marcado uma importante entrevista.

O desespero de Natalia me fez sair do quarto do hotel à procura de solução em viagem de trem. Logo no corredor encontrei um senhor holandês que falava o idioma alemão. Em questão de dez minutos embarcamos no ônibus, pois ele aceitou que viajássemos em sua companhia, ajudando-nos a tomar o trem em Londres. Assim iniciou a viagem em direção da França para tentar chegar a Hannover.

Ele também foi a única pessoa que pude perguntar o que o povo londrino argumentava sobre as cinzas vulcânicas. Ele disse: “O povo de Londres diz que as cinzas vulcânicas são ‘Work of God’ (obra de Deus)”.

O holandês foi como nosso “anjo” Daniel, que ajudou a chegar até Dove, na Inglaterra. Cruzamos o mar em ferry boot para a França. Seguimos pela Bélgica e Holanda para chegar à Alemanha. Conhecemos todas as catástrofes, chuvas, terremotos e tornados “manifestações da natureza”. Mas, em Londres, as companhias de seguros se defendem, negando o pagamento dos prejuízos causados aos passageiros, dizendo: “é obra de Deus!”.

 

Deus não fala com voz de trovão, apenas levanta uma nuvem de cinzas e milhões de incrédulos e ateus devem ler sua resposta em seus próprios jornais: “Não se trata de uma catástrofe, mas de obra daquele cuja existência eles queriam colocar em dúvida, com os cartazes em seus ônibus que diziam: ‘Provavelmente não há um Deus’”.

Deus não fez um grande Tribunal de Juízo. Ninguém morreu! Ainda não caiu uma única aeronave! Mas Deus, em seu amor, silenciou todos os aeroportos da Europa.

 

Ao olhar pela primeira vez para os campos da Inglaterra desde o trem que percorre o interior do país, vejo o surgimento dos primeiros sinais da primavera, num maravilhoso dia de sol e relembro as pessoas que evangelizamos em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, na Amazônia, mas também lembro de pessoas que resolveram “brigar” com Deus. Apenas disseram o que o povo de Londres dizia em seus ônibus - “provavelmente Deus não existe” - e com isso voltaram às costas ao bom Pastor. As consequências em todos os casos são semelhantes. Para algumas dessas pessoas nunca mais saiu alguma “viagem”. Nem se ouviu de “voos da felicidade” que fizeram ao longo de sua vida distante de Deus.

 

Aqueles que resolveram enfrentar o Deus vivo enfrentaram devastações, sofrimentos, angústia e morte. Não posso relatar as histórias que conheço.

Senti temor pela Europa ao perceber a revolta contra Deus há mais de um ano atrás na Suíça e sofremos agora com o povo europeu a resposta que, segundo seus jornais, é “Work of God” = obra de Deus.

 

Aquele Deus que deu muita riqueza ao povo europeu, logo eles que proclamaram o Evangelho de Cristo através de missionários em todo o mundo, agora é ironizado e enfrentado pelos mais beneficiados do mundo?

Os missionários ingleses foram para todos os continentes, agora seu povo irá levantar a voz contra o Criador do céu e da terra?

 

Pr. Mário Hort

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