Ecos da Liberdade

Escrevo essas linhas de um ferry boot, uma enorme embarcação cruzando o mar do Norte que separa a Inglaterra da França e o restante da Europa. Tenho amigos no Brasil, no Japão, na Suíça e agora também em Londres. Durante 40 anos lhes falei do amor de Deus, mas muitas pessoas ainda não aceitaram “embarcar no ferry boot” da graça de Deus para cruzar o mar da vida. Muitos já estão chegando perto do porto da eternidade! O cabelo de alguns já está branco, o tempo avançou! Como será horrível cair nas mãos do Deus vivo quando serão obrigados a desembarcar após abandonar os caminhos de Deus!

Nosso ferry boot vai chegar ao porto de Cale na França em poucos minutos. Todos os 400 passageiros devem desembarcar. Ninguém pode ficar no barco. Ninguém pode ficar no bar da esquina onde passava horas de sua vida. 

Você será recebido se ainda hoje for chamado para o “desembarque” no porto da eternidade? 

Você deseja voltar para Deus agora? Peça perdão caso pronunciou alguma palavra contra Deus. Volte hoje para Deus antes que seja obrigado a desembarcar do “ferry boot” de sua vida. No outro lado do “mar” da vida não desembarcaremos na França, mas diante dos portais do céu ou do inferno.

 

O caminhoneiro brasileiro na Holanda!

Voltando de Londres, viajando num carro alugado por nosso novo amigo Daniel, ele parou para abastecer e fazermos um breve lanche. Ali encontramos dois homens falando português. Minha esposa não se conteve de alegria ao ouvir os homens falando nosso idioma e falou com os motoristas de transporte que vinham de Portugal. Falamos para os homens de nossa missão, dos objetivos de escrever a mensagem para o povo de idioma português. O diálogo foi muito breve, pois a noite avançava e nós precisávamos continuar a viagem. Ao me despedir de Robson Almeida de Santana, o motorista brasileiro, ele tentou expressar o que lhe significou ouvir as palavras do pastor brasileiro e disse, num sotaque um tanto aportuguesado: “Sabes pastor, se o senhor continua a falar por mais alguns minutos... (fez uma pausa, não achou palavras para expressar o que seu coração sentia... e finalmente concluiu): eu creio que se o senhor continua a nos falar, em breve estaríamos em condições de dizer... ‘O senhor é o meu pastor e nada me faltará’”.

Ele foi tão sincero que manifestou em sua maneira de pronunciar essas palavras o toque do Espírito Santo que ele sentia em sua alma. Ele sentiu que faltava pouco para alcançar a graça que o bom Pastor lhe estava oferecendo naquele instante. Robson Almeida reside em Vale de Azenha, Portugal, e é natural de Vitória (ES). 

É impressionante perceber o quanto pessoas em qualquer parte do mundo vivem como “ovelhas” à procura do Pastor divino. Ao se encontrar com alguém que conhece o bom Pastor parece que sua alma começa a arder de saudades do aprisco e da comunhão de Deus. Após esse encontro com os caminhoneiros de Portugal, novamente se reacendeu uma chama em meu peito, de oferecer mais auxílio aos caminhoneiros, homens de braços fortes, responsabilidades internacionais para trazer o progresso às diferentes cidades e países. Encontramos os motoristas solitários na loja de conveniências de um posto de combustíveis na Holanda. Um era brasileiro e outro português, mas ambos logo sabiam que precisam desembarcar do “ferry boot” e chegar até o divino Pastor. O Sr. Robson tem razão. Para ser recebidos na hora do desembarque é preciso poder dizer: “O Senhor é o meu Pastor!”. Só então nada nos faltará naquele grande dia.