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Deus ouve oração?

- 26/09/2010

 

Tomando uma xícara de café neste final de ano, depois de uma manhã que passei semi-acamado, pelo “pedaço” do meu coração, que não tem mais muita força, lembrei das maravilhas que Deus fez em minha vida. Eu disse ao Senhor em oração: “Senhor, se eu poderia viver tudo mais uma vez, eu gostaria de viver isso com o Senhor, aqui ainda muitos anos ou na eternidade!”.

Passei momentos difíceis nos 36 anos pregando a palavra de Deus, mas as experiências com Deus e o “diálogo” que eu mantive sempre com o Senhor em Espírito de verdade superam todas as tristezas, amarguras, inclusive as dores e enfermidade que não me pouparam como pastor.

Quero frisar apenas um destes momentos sérios em minha luta pelo bem-estar da comunidade e na divulgação do Evangelho de Jesus Cristo. Comecei meu trabalho com 22 anos de idade, e não havia recursos para nada. O fusquinha que foi adquirido, eu precisava pagar em 12 parcelas no atendimento de toda região e com sua colaboração. A parte que cabia a uma única comunidade de certa prestação valia tanto quanto um frango caipira. Mas, até este frango “fugiu” quase todos os meses em algumas localidades.

Através do idioma alemão que eu dominava, eu podia traduzir literatura para a missão de Kontanz, da Alemanha. Porém, isso a direção eclesiástica não viu com bons olhos. Logo fui designado orador do departamento de Rádio Nacional e ainda fui contratado como orador do departamento de rádio internacional pelos USA (tudo era somente um trabalho voluntário, sem nenhuma remuneração). Além destas responsabilidades, fui membro do Conselho Nacional da Comunidade, responsável por todo o Brasil. E tudo isso entrava em choque operacional de um ministério com o outro. Simplesmente eu percebia que iria perder a tudo e a todos se eu ajudasse na missão dos USA, Alemanha, Brasil, além do trabalho em espanhol na América Latina. Certo dia, ao perceber que eu iria perder a confiança de todos, por colaborar com diferentes setores internacionais que entravam em conflitos, me veio um desespero. Estive parado diante dos equipamentos do simples estúdio de gravações de rádio, ergui minhas mãos ao céu e, em simples palavras, disse, com todo ardor de minha alma: “Senhor, isso deve ser possível, me ajude!”.

Foi uma das orações mais breves de minha vida. Mas, hoje, tomando minha xícara de café, meus olhos se encheram de lágrimas ao ver os passos do Senhor na praia de minha vida, que fizeram possível tudo isso e muito mais. Toneladas de literatura grátis, milhares de quilômetros viajados com o conjunto Ecos da Liberdade, milhares de cultos transmitidos pelo rádio, no Brasil e no exterior, visitas a muitos países e vários continentes... Sim, às vezes só havia duas pegadas na areia, pois Ele precisou me carregar em seus braços. Mas, estes foram os momentos mais preciosos da lembrança, que me fizeram sonhar hoje de olhos abertos, dizendo ao meu melhor amigo: “Senhor, se eu posso viver mais algum tempo aqui, ou na eternidade, eu gostaria de andar em sua companhia”.

Posso dizer aos amigos que me acompanham apenas pela coluna do Jornal O Presente: “Deus ouve oração!”. Se Deus ainda me daria forças e a graça, eu gostaria de deixar registradas em um livro as experiências da oração que Deus ouviu da sua maneira divina. Ele tem sido o melhor amigo, pois está sempre presente, também ouve o que nosso coração diz, quando os lábios já não se movem mais por falta de forças. 

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