Ecos da Liberdade

 

Preferimos usar o transporte coletivo em cidades desconhecidas que visitamos para nos encontrar com os seus habitantes e logo encontramos o cobrador do ônibus que não conhecia o Natal. Embarcamos no ônibus da linha 56 e, ao pagar as passagens, perguntei ao cobrador: “O senhor conhece o Natal que transformou o mundo?”. Ele respondeu: “não conheço não”. Perguntei mais: “conhece o Natal de Jesus Cristo?”. A resposta foi: “não conheço não”. “O senhor tem alguma religião?”. “Não tenho não”.

O cobrador nasceu em Natal (RN), vive em Natal, mas não conhece o Natal. 

Senhora irritada!

Fizemos nosso almoço no restaurante da senhora Izelda. Ela não sabia que a celebração do Natal, no dia 25 de dezembro, trouxe a maior vitória contra o paganismo, transformando uma celebração pagã na maior vitória contra os ídolos dos deuses pagãos pela celebração no dia de sua celebração pagã. Assim como os cristãos estão transformando o carnaval em encontros espirituais, da mesma forma fizeram os primeiros cristãos, usando uma festa pagã para nela fixar sua festa magna. 

A senhora manifestou sua indignação com a celebração do natal, dizendo que nesta data os pastores de Israel jamais poderiam estar nos pastos guardando os seus rebanhos, pois nessa época há frio no Hemisfério Norte.

Esclareci então que ninguém imagina que a data do nascimento de Jesus tivesse acontecido no dia 25 de dezembro. 

A data do Natal de Jesus foi escolhida pelos primeiros cristãos, para combater a celebração do deus Sol, que foi uma comemoração de grandes festejos aos deuses. E lhe expliquei que, para combater e vencer a celebração dos festejos pagãos no dia 25 de dezembro, os cristãos começaram a celebrar na mesma data o nascimento de Jesus, mesmo que ninguém saiba o dia exato. Inclusive foi descoberto que Jesus já estava com sete anos de idade no ano zero de nossa contagem, que começa com o Natal de Jesus.

A senhora se interessa por história e sabia os dados históricos da cidade de Natal de memória, com datas, acontecimentos e fatos com uma memória incrível, mas não teve esta informação correta sobre a celebração do nascimento do Messias. Entendemos que o Natal de Cristo se revelou para Izelda, num aperto de mãos de uma nova amizade, pois fizemos uma foto com o objetivo de registrar o primeiro Natal de Cristo em sua vida pela fé, que renasceu em seu peito naquela hora.

Luiz, um desviado do G12

No primeiro passeio pela cidade de Natal, chegamos a um pequeno shopping e, como eu não posso caminhar muito, procurei logo tomar um suco de laranja com acerola. Ao pagar o suco, pedi ao senhor no caixa: “o senhor conhece o Natal de Cristo que transformou o mundo?”. Luiz respondeu: “Eu sou um desviado dos caminhos do Senhor. Fui membro de uma igreja formada pelo G12, mas quando o pastor engravidou uma jovem da igreja, a comunidade, que já contava com 200 membros, se espalhou, pois ele fez o que mais atacava em suas mensagens...”.

Após dar algumas informações da heresia do grupo, que teve boa parte no sofrimento que me levou ao infarto, pelo abalo que trouxe a igreja cristã, conclui dizendo: “Luiz, você foi sincero em sua conversão? Não importa o que os homens foram em suas doutrinas e exemplos, volte hoje a servir ao Senhor”.  

Luiz ainda falou que ele não podia revelar o que acontecia nas reuniões do grupo, apenas podia dizer: “é tremendo!”. “Sim, Luiz,” eu lhe disse. “Deus é tremendo em suas obras, na salvação de nossas almas e foi ‘tremendo’ o que eu vivi após o infarto. E você pode experimentar que Deus é ‘tremendo’, para em seu amor restabelecer a sua história, a partir de hoje!”.

Pr. Mário Hort