Ecos da Liberdade

 

A “Energia da Itaipu Celestial” chegou do céu ao mundo, no dia de Pentecostes, em Jerusalém, na Palestina. At.2: 1-47.

Na Convenção Mundial nos Estados Unidos, encontrei testemunhas da “Energia Celestial” de Singapura, do Japão... e alguns dias após retornar do país norte-americano, viajamos para Argentina e encontramos Suzi, uma senhora de 42 anos de idade que veio da província de Santa Cruz, próximo à Tierra del Fuego, do Sul da Argentina.

Quando Suzi nasceu, sua mãe a tomou em seus braços e foi de casa em casa, oferecendo o bebê para adoção. Ao chegar à residência de uma família que já tinha 11 filhos, os irmãos de 13 e 14 anos de idade olharam para a criança recém-nascida e disseram: “Mãe, vamos ficar com ela, é tão linda. Nós cuidamos dela, você apenas precisa nos auxiliar”. Dessa forma, Suzi foi adotada por uma família pobre e numerosa. 

Aos nove anos de idade, Suzi saía batendo de porta em porta, pedindo por algum trabalho que ela pudesse fazer, para ganhar sua comida. Mas, a mãe adotiva lhe havia dito: “Suzi, nunca se aproxime de homens, eles podem lhe fazer um mal muito grande”. 

Certo dia a menina chegou diante de uma casa e havia um homem parado no portão, mas parecia não representar algum perigo, pois a menininha viu a sua esposa e uma senhora idosa, assim arriscou perguntar: “Senhor, tem algo que eu posso trabalhar em sua casa?”.

O homem respondeu de forma rústica: “E o que você acha que já pode fazer com essa idade?”. A menina respondeu: “Posso passar um pano na casa e lavar a louça”. O estranho pediu que ela entrasse e comprovasse que já podia fazer esses trabalhos, mas perguntou: “Você já tomou o café da manhã?”. Ela disse que não. Então a família serviu a mesa do café, com pão, doce para passar no pão, manteiga, tanta comida que a menina quase comeu demais, pois precisava aproveitar a oportunidade. 

No dia seguinte ela voltou à mesma casa e novamente foi recebida. Assim aconteceu por vários dias, até que o homem estranho lhe perguntou se ela aceitaria ser a filha do casal. Suzi aceitou e cresceu nesta casa. Porém, a primeira ordem foram duas questões inegociáveis: “Frequentar a escola e aos domingos não faltar nos cultos da igreja”.

Mas, a menina se tornou rebelde. Aos 15 anos de idade, voltou gestante da rua, aos 18 teve outro filho, e não demorou quando nasceu o terceiro filho. Porém, o pai adotivo não perdia a paciência, nem o amor para com a filha adotiva, nem para com os seus três filhos. Carregava as crianças em seus braços, como se fossem seus netos mais queridos, dizendo para a esposa enferma: “Vamos cuidar deles, pois eles vão cuidar de nós quando estivermos idosos”. (O casal não tinha filhos)

Os anos passaram e faleceu a vovó, também faleceu a esposa e o homem idoso ficou sozinho. Mas Suzi havia obedecido em ao menos uma exigência: ela estudou e foi obrigada pelo pai adotivo a fazer o curso de enfermagem. Mais tarde Suzi casou-se com um engenheiro alemão, com quem teve mais uma menina. 

O engenheiro foi transferido para próximo da divisa da Terra do Fogo, no Sul da Argentina, onde a família reside atualmente com seus quatro filhos, sendo que todos estão cursando a faculdade.

No dia do falecimento do senhor idoso chamado carinhosamente de “Opa Borke” = Avô Borke, Natalia e eu fomos para o sepultamento de nosso cunhado. Só então conhecemos a história que havíamos acompanhado desde os nove anos de idade de Suzi, mas nunca fomos informados desta história por parte do cunhado. Ele foi um uruguaio de poucas palavras, não dava satisfação do que lhe agradava ou não.

Após o seu sepultamento, a enfermeira, com seus quatro filhos, nos revelou a história incrível do PODER DA ITAIPU CELESTIAL, que chegou à vida da menina que aos nove anos de idade foi pedir trabalho na casa de Opa Borke, nosso cunhado em Misiones, Argentina. Entre lágrimas de alegria, risos e choros, Suzi a enfermeira e suas três filhas e um filho homem nos revelaram a verdadeira história do “homem estranho”. 

Opa Borke, pai e avô adotivo, “mestre em humildade”, você foi testemunha de Cristo que ajudou a transformar uma menina abandonada em senhora e mãe respeitosa. Esse é o poder da Energia da “Itaipu” mais simples do mundo, mas que também transformou vidas, trazendo luz e alegria para o mundo da menina abandonada e suas futuras gerações.

Pr. Mário Hort