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O primeiro beijo!

- 18/01/2010

Saindo da gráfica, depois da encomenda de 20 mil exemplares do livreto “Cuide das portas e janelas de seu matrimônio”, fui até a praça de nossa cidade e sentei-me no banco onde recebi o primeiro beijo de minha namorada, 42 anos atrás. Já não era mais “o mesmo banco, na mesma praça”, pois um prefeito amigo remodelou a praça e destruiu a relíquia de nosso amor.
Não haveria nada de interessante nesse primeiro beijo de minha esposa, se esse não fosse o beijo da única mulher que me beijou, e que eu beijei. Sim, muitas crianças, jovens, senhoras de 20 a 90 anos de idade me beijaram, mas em puras intenções como filho, pai espiritual, e amigo íntimo depois do “resgate” de suas vidas pelo trabalho pastoral.


Ontem, 04 de janeiro de 2010, feliz por conseguir caminhar longos “300 metros” e poder repousar naquele banco central da Praça Willy Barth, junto ao chafariz, revivi a felicidade do primeiro encontro com minha esposa. O tema que acabo de entregar na gráfica para impressão - “Cuide das portas e janelas de seu matrimônio” - ainda está fortemente em minha mente.  Sentado no banco da praça, lembrei de mais algumas “portas” e “janelas” de nosso matrimônio que devem ser bem cuidadas: as bochechas, os lábios, a testa e as mãos.
Eu lembro que o primeiro beijo que recebi, aconteceu como “roubado” no susto, simplesmente na bochecha. Não lembro bem, mas creio que respondi com a mesma “moeda”. Natalia veio da Argentina e eu de Curitiba. O namoro já havia sido combinado por carta, pois ela, como estudante do seminário, tinha proibição de iniciar um namoro, assim o primeiro encontro foi em Marechal Cândido Rondon. (Ah, velhos bons tempos!?)


O beijo é uma das portas mais importantes e íntimas de nosso matrimônio. Mesmo que seja dado com muita “tática” na mão, em forma muito respeitosa, pode ser um assédio mortal que termina em tragédia.
Estou ciente de que sou considerado antiquado e fora de moda. Recebi um e-mail que dizia: “... se você viveu antes dos anos 50, é do tempo quando sexo era só depois do casamento...”.


O “mensageiro” do e-mail se encarregou de zombar daqueles que obedecem as leis eternas dos mandamentos de Deus e se acha no direito de “carimbar” de antiquados aqueles que andam nas leis do “trânsito”, evitando a contramão da ordem de uma sociedade educada.
Tenho absoluta certeza que haveria menos dor, doenças, prisões lotadas e “rios” de lágrimas secariam se a sociedade voltasse aos velhos costumes de obedecer as leis do trânsito da vida conjugal e amorosa, começando a banir o primeiro beijo, mesmo que seja na testa ou na mão em contexto iniciação de um assédio sexual.
Tive o privilégio de unir aproximadamente 300 pessoas em casamento. Que felicidade é chegar à casa de muitos casais e encontrar os pais, com filhos e netos numa unidade que não foi quebrantada, nem mesmo por um único beijo!
É difícil encontrar casais assim? Sim, mas existem. São poucos! Mas estão aí como monumentos da felicidade matrimonial que quase não mais existe.  


Você não teve a misericórdia de Deus de ter um passado saudável? Não tem coragem de educar seus filhos nos antigos princípios? Tenho uma sugestão: diga para seus filhos: “Nós os vossos pais erramos, andamos enganados, falhamos, mas vocês filhos podem fazer melhor que nós. Vamos começar uma geração, cujo matrimônio não vai morrer na contramão da sinceridade que vocês desejam prometer solenemente no altar de Deus”.

Pr. Mário Hort

 

(Artigo escrito para o Jornal de Nossa cidade O Presente, Clique Aqui e leia no Site do Jornal)

 

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