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Você também está no voo para Düsseldorf - 1ª parte

Mário Hort - 21/04/2015

“O capitão do Airbus 320 da Germanwings estava trancado do lado de fora da cabine, quando o avião bateu na montanha”, revelou o promotor responsável pelas investigações, ao afirmar que o copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos, teria derrubado a aeronave propositalmente. O áudio da caixa-preta mostra que, após o piloto ter saído por alguns minutos, o copiloto trancou a porta e deixou o capitão trancado do lado de fora.

O capitão chamou por Lubitz, mas, sem receber resposta, tentou abrir a cabine, posteriormente querendo arrombá-la, enquanto o avião descia em direção às montanhas, aparentemente sem pane que justificasse a queda livre da aeronave. Houve silêncio total na cabine, o copiloto não respondia nem mesmo ao chamado da terra, mas a hipótese de que ele estivesse desacordado é fraca. Existe um mecanismo de segurança que permite ao tripulante entrar, usando um código de segurança, a não ser que seja ativamente barrado por quem está dentro. Esse parece ter sido o caso.

A verdade é que o copiloto do Airbus A320 da Germanwings é acusado de ter provocado a queda da aeronave no Sul da França, no dia 24 de março 2015.

Andreas Lubitz era de nacionalidade alemã e não estava em nenhuma lista de terroristas.

O voo mais conhecido do mês de março de 2015, de Barcelona para Düsseldor, bateu nas montanhas dos Alpes na França e morreram todas as 150 pessoas a bordo.

O pastor Maiko Müller e família me levavam ao aeroporto de Foz do Iguaçu, quando repentinamente me deparei com a realidade, que em poucos instantes eu estaria ocupando um lugar no voo para Düsseldorf, na Alemanha. Naquele instante, entendi pelo Espírito Santo que todos ocupamos um assento no “voo para Düsseldorf”, que termina na última montanha. Ninguém sobrevive essa última montanha.

Um dia antes de embarcar para Düsseldorf, Clemir, o proprietário de um restaurante, disse: “Pastor Mário, com certeza amanhã, a essas horas, o senhor já estará escrevendo novamente...”. “Não irmão, estou tão fatigado, minha mente não consegue mais escrever e agora devo chegar à Holanda para ver se Deus ainda me dá forças e novos pensamentos”, conclui.

Porém, ao fazer o check-in, em Foz do Iguaçu, perguntei ao agente da TAM: “Você sabe onde iria acordar, caso sua viagem para ‘Düsseldorf’ terminasse diante da última montanha”? “Oh sim, eu sou convertido, o meu nome está escrito no Livro da Vida, eu sei que estaria salvo”, afirmou Arthuro, com um brilho em seus olhos.

Neste instante chegou seu amigo, e eu lhe perguntei: “E você, sabe se iria para cima ou para baixo, quando o seu ‘voo para Düsseldorf’ terminar na última montanha”? “Eu desejo que seja para cima”, disse ele, como quem suplicava por essa graça.

Todos nós estamos no mesmo voo e todos irão bater na última montanha. Um chega antes e o outro mais tarde, a única questão é o nosso preparo para a última aterrisagem, a última descida, e para o último pulso do nosso coração.

Antes de entrar para o portão do embarque, em Foz, anotei o nome de Arthuro e Jedes para pedir as orações de todos os leitores pelos primeiros entrevistados para o tema, cuja escrita iniciou pelas respostas amigáveis dos dois agentes da TAM.

Convido os leitores a nos acompanhar neste voo para Düsseldorf, que foi escrito durante a viagem e nas horas de espera das conexões, que foram muitas. E lembre-se: “Todos estamos no voo para a eternidade, que algum dia termina na ‘última” montanha’”.

Mário Hort

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