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Sua alma precisa da orientação do satélite de Deus! 4ª parte

- 09/11/2010

 

 

Viajamos até a Europa para nos distanciar tanto quanto fosse possível das angústias do pastorado. Meu coração pastoral não consegue desligar das pessoas que nasceram na direção do Espírito Santo, o “Satélite Supremo”. Ainda sinto as angústias de cada pessoa que conheci durante os 35 anos de pastorado e foi preciso me distanciar para sobreviver.
Mas, na primeira meia hora que estávamos no apartamento que nos foi emprestado em Hannover, atendemos uma pessoa que clamava por ajuda e falou como quem esperava pela chegada do médico no pronto-socorro. Mas, eu também sou humano e dependo inteiramente da orientação divina. Foi por essa razão que, na primeira hora de nosso repouso, dobramos os joelhos para clamar ao Senhor por socorro, por essa pessoa que precisava de ajuda.
O satélite da alma é Deus. Ele nos orienta pelo Espírito Santo, em nome de Jesus.
 

Meu primeiro uso do GPS em Berlin
No ano de 2001, poucos dias antes de 11 de setembro, estive em Berlin com meu amigo Rainer Berle e Isaí Hort para obter nossos vistos nas embaixadas da Uganda, Zâmbia e Moçambique, antes de viajar para estes países. Foi pela primeira vez que senti a facilidade de obter as informações do aparelho do GPS, no veículo de nosso amigo pastor Berle. As embaixadas dos respectivos países se encontravam no centro de Berlin, poucas quadras distantes uma da outra, mas como chegar ao endereço do próximo consulado, na antiga metrópole que ainda era um canteiro de obras pela reunificação da Alemanha em 1989?
O GPS do veículo nos conduzia de uma embaixada para outra, com uma suave voz que apenas dizia: “A 300 metros girar para a esquerda”. Logo continuava: “Encaminhe-se para a pista à esquerda”. “Agora girar à direita; a 50 metros à esquerda”. E logo dizia: “Você acaba de chegar ao destino desejado”.
 
Tudo o que o motorista precisava fazer era digitar o endereço correto do destino desejado e dirigir na obediência total do GPS.
O GPS do empresário que precisa ir de um negócio a outro, do médico que deve ir de um paciente ao outro, obtém orientação correta? O carcereiro que vai de uma cela à outra, o prisioneiro de um companheiro para outro, sabe dar os passos corretos? Será bom o médico prescrever a medicação conhecida para este paciente? É bom o juiz prender, manter preso ou dar alvará de soltura? É aconselhável ao prisioneiro manter a amizade com o amigo que acaba de chegar à cela?
Para essas “esquinas” necessitamos da orientação do GPS de nossa alma. O caminho errado pode ser caminho de morte. É perigoso errar ao estender a mão para os netos? Sim, é muito perigoso cometer algum erro ao abraçar um filho e os netos. Pais e avós podem fazer erros irreparáveis na educação, inclusive nos abraços e beijos.
 
Interrompi a escrita deste livreto para fazer uma caminhada de oração. Percebi o quanto é sério ser pai quando há poucos dias encontrei um casal e perguntei se ele possuía filhos. Ao que o homem respondeu: “Não temos filhos, pois eu sofri muito com meu pai. Eu não queria ter filhos para que eles não sofram como eu sofri”.
 
Caminhando e orando, lembrei que eu posso fazer erros contra a geração dos filhos e netos, e meus olhos se encheram de lágrimas, pedindo que o “satélite” de minha alma me desse a direção correta em cada abraço que dou aos filhos e netos. Devemos lembrar que nossos exemplos são como “vozes do GPS” nos corações de futuras gerações.
 
A falta de orientação saudável da voz do “satélite” dos pais e avós pode trazer “tsunamis” mortíferos sobre futuras gerações de nossas famílias.

Pr. Mario Hort

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