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Um dia triste no Rio de Janeiro

- 22/12/2010

Não passei bem durante a quarta noite no Rio de Janeiro. Por esta razão, passamos a manhã em repouso, somente ao meio-dia nos animamos a buscar um pouco de forças numa igreja famosa do Rio. Logo na saída encontramos Fátima, que não conhecia o Cristo do Corcovado, nem a Jesus Cristo, não possuía Bíblia e também confessou que não sabia a respeito da água da vida eterna de Jesus. (Lembrando que fomos ao Rio para perguntar ao povo: “o Cristo Redentor tem águas da vida eterna?”)


O taxista nos levou até ao alto do morro de uma igreja, assistimos a uma celebração religiosa e ficamos muito felizes com o testemunho de um ancião de 70 anos de idade. Ele reside há 40 anos no Rio, nunca foi ao Corcovado, mas conhece a água da vida eterna de Jesus Cristo.
O porteiro também foi muito gentil, mas infelizmente a recepção por parte de um religioso foi muito triste diante da porta da igreja centenária.
Para a escrita de uma reportagem, é fundamental que eu apresente o objetivo da entrevista, para a pessoa que vai se pronunciar. Não apenas o “mel” também o “fel” vai para o papel, pois devemos trazer a resposta que encontramos.


Para o início de uma entrevista com pessoas de alguma classe social, procuro oferecer um exemplar dos livretos Ecos da Liberdade, deixando claro que desta forma será publicado o seu depoimento, positiva ou negativa.


Nesse momento com o religioso, por um acaso tomei de meu bolso o tema: “A oração derrubou o Muro de Berlim”.
Quando o religioso viu o título - “A oração derrubou o Muro de Berlim”, soltou toda sua crítica sobre o livreto, que ele nem mesmo abriu. Falou durante longo tempo dizendo que “O Muro de Berlim não foi muro. A queda do muro foi uma mentira e como mentira tem perna curta caiu apenas a mentira. A Alemanha Comunista não existiu. O comunismo não existiu. Portanto, o que caiu foi uma grande mentira. O muro de Jericó caiu por ser velho”... (Ele fala sem pausa, ao ponto de ficar quase sem respiração)


Tentando conseguir sua opinião para minha pergunta, falei-lhe da pergunta que fiz ao povo em Buenos Aires: “Há buenos aires do céu em Buenos Aires?” e relatei que o povo argentino respondeu com testemunhos emocionantes de suas experiências. Mas ele ironizou também este tema.
Numa última tentativa de explicar o objetivo de minha entrevista, falei-lhe das perguntas que o povo de Curitiba e São Paulo respondeu: “Existe pão que Deus envia do céu para nossa mesa?”. Falei emocionado dessa entrevista e então o religioso explodiu dizendo: “Você é chato, hein? Senhora Natalia, como você suporta esse homem?”.


Perplexo, eu estremeci, e lembro apenas que pedi por seu nome e me apresentei como pastor Mário, minha esposa Natalia, entregando-lhe mais o livreto: “Seja fiel no segredo de sua alma,” nos despedimos quase cambaleando de tristeza, diante da igreja onde fui procurar um pouco de forças para mim pessoalmente. Então falei para minha esposa: “Agora iremos ao cais. Prepare-se, pois os marujos são ainda mais rudes”.


Chegando ao cais, um enorme navio italiano estava embarcando seus passageiros e toda tripulação já estava a bordo. Mas, os guardas do porto nos receberam com tanto carinho que tive que me controlar para não derramar lágrimas, pelo copo de água que um senhor me ofereceu, sentindo meu desapontamento pelo ocorrido há poucos minutos. Esse copo de água fria foi água do Cristo Redentor. Ele prometeu retribuir cada copo de água dado a um de seus pequeninos seguidores. Mt. 10:42. Após tomar o copo de água no portão do cais, resolvemos encerrar nossas entrevistas do quarto dia no Rio de Janeiro.

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